Museu de Arte do Rio ganha prêmio internacional pela sua arquitetura
O MAR, inaugurado em março de 2013, une dois edifícios bem diferentesDivulgação/MAR / Divulgação/MAR
RIO — Inaugurado em março do ano passado, o Museu de Arte do Rio (MAR), no Centro, acaba de conquistar o título de melhor construção de 2013, na categoria museu, pelo voto popular do maior prêmio internacional de arquitetura, o Architizer A+ Awards. O MAR, assinado pelo escritório Bernardes + Jacobsen Arquitetura, está instalado em dois prédios de perfis heterogêneos e interligados: o palacete Dom João VI, tombado e eclético, e o edifício vizinho, de estilo modernista — originalmente um terminal rodoviário.
— Trata-se de um reconhecimento muito importante. Concorremos com outros museus e o resultado mostra que o Museu de Arte do Rio é, realmente, um grande destaque — afirma o presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo.
O MAR concorreu com os museus Heydar Aliyev Center (Azerbaijão), New Rijksmuseum (Holanda), Zhujiajiao Museum of Humanities & Arts (China) e com o vencedor pelo voto do júri técnico, Danish Maritime Museum (Dinamarca).
Dividido em 60 categorias, o Architizer A+ Awards conta com duas fases. Na primeira, um júri composto por 200 profissionais da área elege os cinco finalistas de cada grupo. Na segunda, o vencedor é escolhido por voto popular. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira.
Para Carlos Gradin, diretor presidente do MAR, o prêmio representa um grande reconhecimento, que traduz o comprometimento das pessoas envolvidas e a qualidade do museu:
— Esse prêmio internacional chega para somar, além de mostrar todo o nosso esforço para que o museu se torne referência.
Complexo de 15 mil metros quadrados
Ao criar para o MAR uma identidade arquitetônica própria, a equipe do escritório carioca Bernardes + Jacobsen uniu dois edifícios bem diferentes. Inaugurado em 1916 e tombado no ano de 2000 pelo Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural, a construção eclética foi transformada num grande pavilhão de exposições, com 5,2 mil metros quadrados de área construída. Já o prédio vizinho, onde funcionou o Hospital da Polícia Civil, agora é a Escola do Olhar. Com sete pavimentos (incluindo o térreo), tem 7,2 mil metros quadrados de área construída.
A união dos edifícios é feita por uma passarela, que conecta o quinto andar da escola ao terceiro do pavilhão de exposições, e a cobertura em forma de onda, sustentada por 37 pilares dispostos sobre os dois prédios. O museu, instalado na Praça Mauá 5 transformou-se num conjunto harmônico, de 15 mil metros quadrados.
O MAR, uma iniciativa da prefeitura e da Fundação Roberto Marinho, tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais — por meio de exposições, catálogos, programas em multimeios e educacionais.
Ao chegar ao museu, os visitantes atravessam grandes portas de vidro — localizadas no vão entre as edificações —, compram o ingresso e se dirigem aos pilotis da Escola do Olhar, um ambiente para produção e provocação de experiências, coletivas e pessoais, com foco principal na formação de educadores da rede pública de ensino.
— Isso mostra a importância da valorização dos profissionais das áreas de arquitetura e urbanismo, que conseguiram elaborar um projeto de qualidade no ponto de vista da concepção do projeto e da inserção do prédio no ambiente urbano, conseguindo como resultado uma edificação que soma leveza, harmonia e estética — destaca o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU), Sydnei Menezes.
Fonte: O Globo – Rio
http://oglobo.globo.com/rio/museu-de-arte-do-rio-ganha-premio-internacional-pela-sua-arquitetura-12066343